sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Hoje é o Aniversário da Reforma Protestante. Parabéns a Todos os Protestantes. A Deus Seja a Glória!


A Reforma foi o retorno às Sagradas Escrituras e o abandono de toda tradição, revelação e filosofia humanas!
Sola Scriptura! Nenhum pensamento, revelação, profecia, pregação, hino ou qualquer outra inspiração está acima daquela que é a Única e Absoluta Norma de Fé e Prática da Igreja de Cristo: A Palavra de Deus!

A Reforma provou que para um cristão ser perdoado não precisa pagar nenhuma indulgência, mas tão somente se arrepender de seus pecados!

A Reforma manifestou a verdade de que nenhum papa, padre ou outra criatura pode absolver alguém de seus pecados senão Deus, na pessoa de Jesus Cristo!

A Reforma redescobriu a verdade Bíblica de que nenhum homem pode orar pelos mortos, mas que é ordenado ao homem morrer uma só vez vindo o juízo!

A Reforma provou que nem papas, padres, santos ou outra pessoa pode ser mediador entre Deus e o homem, mas que o único mediador é Cristo Jesus, homem!

Através da Reforma vemos que a salvação não foi dada aos eleitos pelos seus méritos e obras, e muito menos por uma aceitação prevista do evangelho por parte dos mesmos, pois assim, a salvação seria uma recompensa e não um Favor Imerecido. Mas essa salvação é pela Graça, Favor, Dom, Misericórdia, Amor, Bondade, Benignidade, Propósito e Escolha de Deus!

A Reforma evidenciou que a Salvação é somente pela Fé em Cristo sem obras, sendo as obras resultados da Salvação e não sua causa!

A Reforma Glorificou a Deus acima de qualquer relíquia, objeto, santo ou homem. Somente a Deus seja a Glória pelos séculos dos séculos. Amém!

A Reforma não somente influenciou, mas continua influenciando santos de todo o mundo.
Com a Reforma aprendemos que a omissão é fruto da covardia, medo e cumplicidade com o erro, e que se Lutero e os reformadores tivessem se omitido em falar a verdade, não haveria Reforma!

Igreja Reformada, sempre se reformando!

terça-feira, 22 de abril de 2008

A Bíblia ou as Profecias como Regra de Fé?

Qualquer iniciante em apologia sabe que para um grupo religioso ser classificado como seita herética ele precisa ferir alguma doutrina básica da Fé cristã (divindade de Cristo, Trindade, Bíblia como única regra de fé, etc). Mas será que nós, que nos autodenominamos cristãos íntimos de Deus e diferentes dessas seitas, consideramos de fato a Bíblia como nossa Única e Absoluta regra de Fé?
O que temos notado é que muitos crentes (especialmente os pentecostais) têm levado em consideração as profecias como se essas fossem tão inspiradas como a Bíblia, ou seja, como regra de fé e prática.
Muitos até querem justificar tal atitude baseando suas premissas em textos veterotestamentários como, por exemplo, II Cr 20.20, especificamente a última parte do verso que diz: “Crede nos seus profetas e prosperareis”, todavia será que esse texto do Antigo Testamento também se refere aos profetas do Novo Testamento? Vejamos:
1) Essas palavras foram proferidas quando o Cânon Bíblico (lista dos livros inspirados) estava em processo de formação. Hoje o Cânon já foi fechado, não podemos acrescentar e nem tirar nada da revelação Bíblica.
2) Existe uma exorbitante diferença entre o ministério profético da Igreja e o ministério profético do Antigo Testamento (como o ministério de Isaías, Jeremias etc). O que Isaías e os demais profetas profetizaram entrou para o Cânon Bíblico, ou seja, a profecia deles virou Palavra de Deus, diferentemente dos profetas na Igreja, visto que, o que os profetas profetizam desde o fechamento do Cânon não pode acrescentar e nem tirar nada do mesmo!
Esclarecendo: Uma pessoa pode até profetizar (eu não duvido disso), mas essa profecia não vai fazer parte da Bíblia e muito menos ter o mesmo nível de inspiração dela (Theopneustos) por que a revelação completa de Deus já nos foi dada! Além disso ninguém pode profetizar a hora que bem entender, visto que, segundo a Bíblia, nenhuma profecia foi produzida por vontade do homem, mas sim do Espírito de Deus.
Explicaremos agora o porquê, na prática, para muitos crentes a Bíblia já não é a Única Regra de Fé:
I - Muitos cristãos quando estão lendo a Bíblia (isso quando a lêem) não têm nenhum tipo de sensibilidade, não choram, não se emocionam, não esboçam nenhum sentimento. Todavia quando ouvem uma profecia são acometidos por uma emoção impressionante e se tornam as pessoas mais espirituais do mundo. Afinal, uma pessoa dessas considera a Bíblia como a maior profecia?
II - Em algumas igrejas alguns quando a Palavra está sendo pregada não param de conversar, de manifestar atitudes irreverentes, no entanto, quando o profeta se aproxima eles são tomados por uma reverência espantosa. Ora, a profecia merece mais reverência que a Soberana Palavra?
III - Há também aqueles que, por que não foram alvo de nenhuma profecia, saem de um culto dizendo que Deus não falou com eles. Será que nesse culto não teve leitura oficial? Hinos? Pregação? Ou será que esses crentes só consideram que Deus de fato falou com eles quando ouvem uma profecia? Porventura isso não é uma atitude de desprezo pela Santa Palavra?
IV - Sem contar os inúmeros casos em que crentes em adultério continuam nesse estado porque algum profeta disse a eles: “Assim diz o Senhor permaneça como estás”. Eles rejeitam a Bíblia que diz: não adulterarás e ficam com a profecia. Há casos em que maridos separam-se de suas esposas e arrumam outra “Rebeca” e têm a “cara de pau” de pedir confirmação a Deus e, o que acontece? Sim, lá vem o profeta dizendo: “Eis que confirmo esse negócio”. Ora, é claro que eles preferem ficar com a profecia a seguir o conselho Bíblico que diz para se concertarem.
Sem contar aqueles que dividem igrejas baseados em uma profecia. Isso é um total desprezo e descaso com a Palavra de Deus!
Obviamente não podemos duvidar que Deus pode falar do modo que ele quiser.
Como proceder então? Ora, bom seria se obedecêssemos ao mandamento Bíblico de I Co 14.29: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem”. Nesse texto observamos que não é pecado julgar as profecias ou pregações, pelo contrário, é um mandamento. A palavra julgar no texto vem do grego diakrino, e significa 1 separar, fazer distinção, discriminar, preferir 2 aprender por meio da habilidade de ver diferenças, tentar, decidir 2a determinar, julgar, decidir uma disputa 3 fugir de alguém, desertar 4 separar-se em um espírito hostil, opor-se, lutar com disputa, contender 5 estar em divergência consigo mesmo, hesitar, duvidar.
Como a maioria dos crentes que vive em funcção das profecias é de origem pentecostal deveriam imitar o procedimento adotado por Gunnar Vingren, fundador das Assembléias de Deus no Brasil. Vingren recebeu uma profecia nos EUA onde Deus lhe revelou para onde seria levado, com quem iria se casar, entre outros detalhes (Diário de um Pioneiro pg.27). No entanto, o próprio Gunnar Vingren admite: “... não é por meio de profecia, de interpretação e de línguas que devemos ser dirigidos. Isso nos foi dado para nossa edificação mais a direção verdadeira e a instrução necessária vem da Bíblia, que é a Palavra de Deus clara e infalível” (Diário de um Pioneiro pg.116).
se olharmos para reforma então, multiplican-se os argumentos contra a atitude de se colocar qualquer profecia acima ou em pé de igualdade com a Palavra de Deus.
Portanto, toda profecia, revelação, filosofia, crença, prática, pregação, livro, devem ser julgados de acordo com a Palavra de Deus. SOLA SCRIPTURA

Pv 30.6
Nunca declare que Deus disse alguma coisa que, de fato, ele não disse; se você fizer isso, ele o corrigirá e mostrará que você é mentiroso.
Ap 22.18,19
Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro.

sexta-feira, 21 de março de 2008

“A Teologia Esta Acabando Com As Igrejas” *Crentes Com Memória de Peixe!

Tenho observado que nesses últimos dias da Igreja na Terra, muitos pregadores têm feito ataques à teologia sem, no entanto, nenhum conhecimento prévio do que seja a mesma. Esses “pregadores” têm depreciado publicamente a teologia, desvalorizando-a falaciosamente. (Lembrando que não tenho nada contra a pessoa de nenhum desses pregadores, no entanto, isso não me obriga a concordar com as suas premissas infundadas).
A pergunta é: será que a teologia verdadeiramente não tem valor algum? Será que podemos criticar a Hermenêutica, Exegese, Homilética, sem ao menos conhecer essas disciplinas? Será que o estudo teológico só é útil para promover discussões a respeito de doutrinas?
Quero, destarte, neste artigo, contestar veementemente a opinião desses pregadores supracitados através de alguns argumentos, senão vejamos:

1) A palavra teologia é um vocábulo composto por duas palavras gregas: Theos, traduzida por Deus, e logos, traduzida por tratado ou estudo. Portanto, teologia é o estudo de Deus, ou o estudo das coisas referentes a Deus de forma sistemática. Esse estudo pode ser feito através de uma instituição confiável ou ainda de forma autodidata, desde que haja respeito pela ortodoxia.
No entanto há uma exorbitante diferença entre a falsa teologia e a genuína teologia, isso está no âmbito da exegese. Os falsos teólogos não se preocupam com as leis da hermenêutica confiável interpretando versículos fora de seu contexto. Ora, sabemos que se desprezarmos o contexto, a Bíblia como um todo, cometeremos erros de interpretação, afirmando o que na verdade a Bíblia não diz.

2) O caro leitor sabe ler ou escrever na língua grega ou hebraica? Não? Ora, nem você, nem eu, e possivelmente 99% dos cristãos não sabem. Todavia, a Bíblia foi escrita nessas línguas (com exceção de alguns trechos veterotestamentários escritos em Aramaico).
Podemos constatar, portanto, que não foi como num passe de mágica que a Bíblia chegou às nossas mãos, completamente traduzida na nossa língua materna, é exatamente aí que entra o papel exercido pelos teólogos. Vejamos:

A Septuaginta - Septuaginta é o nome de uma tradução da Torá, (Antigo Testamento) para o idioma grego, feita no século III a.C.. Ela foi encomendada por Ptolomeu II (287 a.C.-247 a.C.), rei do Egito, para ilustrar a recém inaugurada Biblioteca de Alexandria.
A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou Septuaginta, palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX), pois setenta dois rabinos trabalharam nela.
A Septuaginta foi usada como base para diversas traduções da Bíblia.
“A versão da Septuaginta foi de grande valia para a difusão das Escrituras, porque o grego, desde a conquista do mundo por Alexandre, passou a ser a principal língua da cultura, dando origem até a uma nova cultura, que mesclaria elementos do Ocidente e do Oriente, o chamado "helenismo" ou "cultura helenística". A versão das Escrituras para o grego, também, foi de fundamental importância para a manutenção da unidade cultural e religiosa entre os judeus da diáspora (ou seja, os judeus que não habitavam na Palestina, que não retornaram ao término do cativeiro da Babilônia ou que passaram a emigrar da Terra Santa ao longo dos séculos depois do cativeiro, formando grandes colônias, notadamente na Babilônia e em Alexandria, cidade fundada no Egito por Alexandre Magno e que, desde o seu nascimento, possuía uma grande colônia judaica e que se constituiu no principal centro cultural helenístico. São estes judeus que o Novo Testamento chama de "gregos" em Jo.12:20 e At.6:1) e os judeus da Palestina, pois permitiu que estes judeus mantivessem o conhecimento das Escrituras e a perpetuação da prática religioso-devocional, impedindo que fossem assimilados pela cultura gentílica. Vemos, portanto, que, na tradução das Escrituras para o grego, Deus estava, também, providenciando para que a nação judaica se mantivesse através dos séculos.”(CARAMURU AFONSO).
Será então que estes setenta e dois rabinos eram analfabetos? De maneira nenhuma, eles eram teólogos, estudiosos e por isso confeccionaram essa versão para benefício da nação judaica.

Vulgata Latina - “Ganhou, também, importância, sobretudo para o Ocidente, a tradução do Antigo Testamento para o latim, a língua falada pelos romanos, no século III d.C., obra levada a efeito por Jerônimo, a pedido do bispo de Roma, que deu origem à versão conhecida como "Vulgata Latina", que é o texto oficial da Igreja Romana. Jerônimo baseou-se em textos hebraicos, gregos e latinos para realizar a sua obra que, a princípio, não contava com os chamados "livros deuterocanônicos", que foram incluídos, contra a sua vontade, por ordem do bispo romano. O texto da Vulgata, por ser o texto oficial da Igreja Romana, foi a base do estudo das Escrituras até o final da Idade Média.” (CARAMURU AFONSO).
Portanto, Jerônimo também foi um teólogo que beneficiou a Igreja traduzindo a Bíblia para o Latim.

João Ferreira de Almeida - Conhecido pela autoria de uma das mais lidas traduções da Bíblia em português, ele teve uma vida movimentada e morreu sem terminar a tarefa que abraçou ainda muito jovem. Entre a grande maioria dos evangélicos do Brasil, o nome de João Ferreira de Almeida está intimamente ligado às Escrituras Sagradas. Afinal, é ele o autor (ainda que não o único) da tradução da Bíblia mais usada e apreciada pelos protestantes brasileiros. Disponível aqui em duas versões publicadas pela Sociedade Bíblica do Brasil - a Edição Revista e Corrigida e a Edição Revista e Atualizada - a tradução de Almeida é a preferida de mais de 60% dos leitores evangélicos das Escrituras no País, segundo pesquisa promovida por A Bíblia no Brasil.
Conversão - Ao velejar entre Batávia e Malaca, na Malásia, Almeida leu um folheto protestante, em espanhol, intitulado "Diferencias de la Cristandad" (Diferenças da Cristandade). Este panfleto atacava algumas das doutrinas e conceitos católicos, incluindo a utilização de línguas incompreensíveis para o povo comum, tal como o latim, durante os ofícios religiosos. Isto provocou um grande impacto em Almeida sendo que, ao chegar a Malaca, converteu-se à Igreja Reformada Holandesa (tem gente que ainda diz que folheto apologetico é inútil), em 1642, e dedicou-se imediatamente à tradução de trechos dos Evangelhos, do castelhano para o português.
Fica evidente que Deus usou o teólogo Almeida para que a sua Palavra chegasse até nós, se assim não fora estaríamos ignorantes em relação ao evengelho de Cristo e consequentemente sem salvação.

3) Divisão da Bíblia em Capítulos - Você sabia que a Bíblia originalmente não tem divisão de capítulos? Seria muito difícil achar uma passagem sem esse auxílio não é?
Ora, mais uma vez aparece um teólogo em cena, Stephen Langhton, Bispo de Canterbury, na Inglaterra, e professor da Universidade de Paris, França, foi quem Deus usou para dividir a Bíblia em capitulos, isso no século XIII (1234/1242).

4) Divisão da Bíblia em Versículos - A divisão do Antigo Testamento em versículos foi estabelecida por estudiosos judeus das Escrituras Sagradas, chamados de massoretas. Com hábitos monásticos e ascéticos, os massoretas dedicavam suas vidas à recitação e cópia das Escrituras, bem como à formulação da gramática hebraica e técnicas didáticas de ensino do texto bíblico. Foram eles que, entre os séculos IX e X primeiro dividiram o texto hebraico (do Antigo Testamento) em versículos. Influenciado pelo trabalho dos massoretas no Antigo Testamento, um impressor francês chamado Robert d’Etiénne, dividiu o Novo Testamento em versículos no ano de 1551. D’Etiénne morava então em Gênova, na Itália.

5) A Reforma Protestante - O mundo era dominado pelo catolicismo romano, a igreja romana e o Estado eram unificados, não existia até então outra denominação cristã. A igreja católica arbitrariamente impunha seus dogmas espúrios e trancafiava a Bíblia em uma língua que só os doutos poderiam entender.
É nesse contexto que Deus levanta um teólogo chamado Martinho Lutero, um homem extremamente letrado que não se conforma com as indulgências e outras aberrações católicas e confecciona 95 teses contra os ensinos católicos. Iniciava-se o protestantismo. E, é devido a isso, caro leitor, que estamos livres hoje do domínio católico.
Em resumo podemos dizer que Deus usou três teólogos para reformar a Igreja: Martinho Lutero, João Calvino e John Knox, por isso, seria uma loucura criticarmos a teologia, visto Deus ter usado esses teólogos para reformar a Igreja!


6) Na Apologetica - A teologia é extremamente importante na apologetica. Como responderíamos a determinadas questões sem o auxílio da teologia?
Perguntas sobre os nosso dogmas: O que é Trindade e de onde surgiu esse Termo? Quais são as escolas escatológicas e quando surgiram? Por que a Bíblia é a única regra de Fé? Como se formou cânon Bíblico? Qual é a diferença entre a doutrina da Predestinação e a do Livre Arbítrio? Quais os cinco pontos do Calvinismo? Quais os cinco pontos do Arminianismo? Entre outras questões.
Perguntas sobre as seitas e heresias: O que é a doutrina da Maldição Hereditária e como refutá-la biblicamente? Em que consiste as doutrinas dos mórmons, espíritas, testemunhas de Jeová, adventistas, entre outras heresias e seitas.
Como podemos ver para saber sobre nossos dogmas e sobre as doutrinas espúrias e, mais que isso, saber refutá-las, necessitamos, sem dúvida do auxílio teológico.

Considerações Finais
Destarte, diante desses poucos argumentos, não consigo compreender como alguns crentes e obreiros desavisados têm coragem de criticar o ensino teológico.
Como disse um grande pastor amigo meu: “Quem crítica os teologos é como aquele que morando em uma casa feita por predreiros considera essa profissão inútil”.
Essas pessoas deveriam no mínimo abrir mão dos recursos teológicos que utilizam. Sendo assim, por exemplo, poderiam abrir mão de qualquer tradução de Almeida, pois foram feitas por teologos, deveriam ler a Bíblia no original sem versículos ou capítulos, pois estes recursos foram adicionados por teologos, deveriam deixar de se autodenominarem Protestantes (inclusive tirar esse título do orkut), visto que a reforma foi feita por teologos, deveriam deixar de usar as revistas de Escola Bíblica, pois foram elaboradas por teologos, deveriam deixar de usar concordancias, dicionários bíblicos, manuais bíblicos, Bíblias de estudo... Em fim, isso só para não soarem tão hipócritas.
Deixemos, portanto, de ser dissimulados e comecemos a estudar a Palavra diligentemente para assim seguirmos o conselho bíblico:

I Pe 3.15
Tenham no coração de vocês respeito por Cristo e o tratem como Senhor. Estejam sempre prontos para responder a qualquer pessoa que pedir que expliquem a esperança que vocês têm.
*Só para lembrar, segundo alguns estudos, a memória mais curta do reino é animal é a dos peixes!

sábado, 1 de março de 2008

Cuidado! Pode Ter um Anticristo do Seu Lado

Encontramos a expressão “Anticristos” nas páginas das epístolas Joaninas bem como as expressões “Falsos Cristos”, estas, porém, nos ensinos de Jesus. Vejamos algumas verdades que essas expressões e seus respectivos textos nos revelam:

Anticristo - O Apóstolo João fez questão de salientar em suas epístolas que o espírito do anticristo já está operando no mundo. Quando o Apóstolo João diz que “muitos se tem feito anticristos” (I Jo 2.18), ele está se referindo, especificamente, aos adeptos do gnosticismo, uma seita que muito importunou os Apóstolos e a Igreja primitiva, portanto, se referia ele aos falsos obreiros (pastores, mestres e profetas).

Etimologia – A palavra anticristo vem do grego antichristos e significa alguém que se opõe a obra e a pessoa de Cristo. Portanto qualquer pessoa que se opõe a Cristo é um anticristo.
Prega doutrinas antibíblicas – Veja que os gnósticos não negavam a Jesus descaradamente, eles tão somente negavam que Jesus veio em carne, ou seja, negavam a doutrina da humanidade de Cristo que é uma das bases do cristianismo e, por isso, João denominou-os de Anticristos. Os gnósticos pregavam um “Jesus” diferente do Jesus dos Apóstolos.
Não nos iludamos pensando que um falso obreiro é aquele que vai subir no púlpito e dizer que Jesus não existe ou que Deus é uma mentira, não e não. Os falsos obreiros (anticristos) vão tão somente pregar um “Jesus” que a Bíblia não revela.
Quer exemplos? Alguns têm pregado um Cristo milionário que só está preocupado com nossa vida material, outros pregam um cristo homossexual, outros pregam um cristo judaizante, outros pregam um cristo que foi apenas um profeta e nada mais, outros um cristo que só vê o coração, e assim por diante.

Falso Cristo - Jesus alertou-nos dizendo que surgiriam falsos cristos (Mt 24.24; Mc 13.22). Veremos a seguir algumas características desses enganadores:

Etimologia – A expressão falso cristo vêm do grego pseudochristos e significa alguém que age falsamente com o título de Cristo.
Coloca-se no lugar de Cristo – Um falso Cristo é aquele que quer ser glorificado como e no lugar de Cristo, ou seja, se fazer de Cristo com intuito de enganar os mais ingênuos.
Quer se mediador do povo diante de Deus – Biblicamente só “há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem,” (I Tm 2.5), por isso não são os “santos” do catolicismo, nem os pastores nas igrejas e nenhuma outra pessoa que pode nos representar diante de Deus, exceto Jesus.
Querem ser donos do rebanho – A Bíblia diz “Aconselho que cuidem bem do rebanho que Deus lhes deu e façam isso de boa vontade, como Deus quer, e não de má vontade. Não façam o seu trabalho para ganhar dinheiro, mas com o verdadeiro desejo de servir. Não procurem dominar os que foram entregues aos cuidados de vocês, mas sejam um exemplo para o rebanho.” (I Pe 5.2,3 NTLH). Destarte, todo aquele que quer ser dono do rebanho e se colocar no lugar de Jesus é um falso cristo.

Portanto, Quando a Bíblia fala sobre os anticristos e os falsos cristos, na realidade está se referindo aos falsos obreiros, por essa razão devemos sempre estar atentos: “aquilo que Jesus e os apóstolos não ensinaram ou praticaram deve ser fortemente rejeitado pela Santa Igreja de Cristo”.

1 João 2.18
“Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora.”

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

"pregadores" e Pregadores

Essa foto faz-me lembrar dos grandes pregadores do passado, bem como da exorbitante diferença entre eles e os pregadores itinerantes atuais (não quero generalizar).
Eles não precisavam de um fundo musical para suas mensagens com o fim de emocionar as pessoas, pois o poder da Palavra compungia o coração dos pecadores. (At 2.37)
Eles não usavam microfone, mas suas mensagens eram tão poderosas que, por exemplo, certa feita Spurgeon se dirigiu a uma audiência de 23.654 pessoas e todas conseguiam ouvi-lo tamanha era a Graça contida em suas palavras.
Eles não precisavam ficar falando em outras línguas durante a metade do sermão para demonstrar que eram espirituais, mas assim como Paulo, eles preferiam falar cinco palavras do conhecimento dos ouvintes do que mil em outras línguas (I Co 14.19).
Eles não precisavam pular ou gritar, não, a Palavra não pode ficar mais poderosa com o grito ou o pulo de alguém, mas, Moody, por exemplo, sem precisar pular ou fazer trejeitos ganhou cerca de um milhão de almas para Cristo.
Eles não queriam exaltar ou projetar seus ministérios, mas sim a Cristo, amavam seus chamados, mas tinham Cristo acima de seus chamados.
O teor de suas mensagens não era fundamentado em doutrinas heréticas como a “Teologia da Prosperidade”, não, suas mensagens falavam de arrependimento e cruz. (At 2; At 16.31)
Não precisavam lançar mão de recursos espúrios como fechar a Bíblia e começar a “profetizar”, fazer revelações óbvias, nada disso, eles lançavam mão da maior arma que o pregador tem: a Espada do Espírito, a Santa Escritura. Nesse sentido vemos Jonathan Edwards, que pregou um dos maiores sermões da história (pecadores perdidos nas mãos de um Deus irado) somente lendo-o diante de uma multidão que, através desse sermão, fora levada a um arrependimento impressionante.
Eu temo e choro, por estarmos diante de uma geração de pregadores mercenários, que não precisam somente de uma Bíblia para pregar, eles exigem dinheiro, bons hotéis, grandes igrejas e reconhecimento público. Esses pregadores amam tanto pregar que deixam de amar a Deus.
Observo perplexo o conceito de alguns sobre o que é pregar a Palavra de Deus. Para esses pregar a Palavra é apenas subir em um púlpito e manusear um microfone. Que conceito medíocre sobre o que é pregar a Santa Palavra! O verdadeiro mensageiro de Deus prega a Palavra mesmo sem ter um púlpito para subir, sim, nas ruas, no trabalho, na faculdade, em casa e também com sua vida, é assim que um genuíno pregador prega. (II Tm 4.2)
Oh Senhor, eu oro, para que o nosso amor ao Senhor esteja acima do nosso amor pela pregação, acima da nossa família, acima de nossos relacionamentos pessoais, acima de tudo e de todos, e que Deus nos faça, por Cristo Jesus, verdadeiros portadores das Sagradas Letras, a fim de cumprirmos nosso chamado, por Amor ao Mestre.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Falsos Obreiros?

A Bíblia revela que haveriam falsos obreiros (apóstolos, profetas, pastores, mestres) introduzidos na Igreja. Mais da metade de todo o Novo Testamento foi escrito com o objetivo de combatê-los. Faz-se necessário, portanto, examinar cuidadosamente o que a Bíblia revela sobre esses “obreiros”.
Nesse espaço, observaremos algumas dessas tantas características reveladas nas Sagradas Letras, a saber:
São hipócritas (II Pe 2.1; Jd 1.4; I Tm 3.5) Esses falsos obreiros, como o nome já diz são falsos, têm aparência de santidade, mas pela sua vida e por suas doutrinas falsas negam-na. Parecem pessoas santas, ungidas, donas de uma “unção especial”, mas pelos seus frutos e doutrinas negam a supremacia da Palavra de Deus!
A Igreja é difamada por causa deles (II Pe 2.2) Por causa desses falsos obreiros a Igreja é blasfemada, devido a suas atitudes ímpias muitas pessoas se escandalizam e evitam se unir à Igreja.
São Insubmissos (II Pe 2.10; III Jo 9; Jd 1.8) Eles não se submetem às autoridades da Igreja, por isso causam divisões e acabam por arrastar o rebanho de Deus para suas reuniões.
Assim como Diótrefes, falso obreiro que se achava dono da Igreja e não queria dar atenção às cartas de João (III Jo 9), esses falsos obreiros se acham no direito de tomar posse de tudo que há na Igreja: congregações, departamentos, membros, etc. Cuidado com eles!
São Imorais (II Pe 2.10,13,14) Esses falsos obreiros são imorais, adúlteros. A infidelidade conjugal faz parte de suas vidas promíscuas e, mesmo com suas vidas nesse estado, não têm vergonha de se autodenominarem “ungidos”, “profetas”, “pastores” etc.
II Pe 2.14 NTLH “Não podem ver uma mulher sem a desejarem, e o seu apetite pelo pecado nunca fica satisfeito. Enganam as pessoas fracas e só pensam em ganhar dinheiro. Eles estão debaixo da maldição de Deus.”.
Arrogantes (II Pe 2.10; II Tm 3.2) São arrogantes, só querem fazer a própria vontade e passam por cima de todos para isso. Embora não se importem com ninguém a não ser consigo mesmos, eles querem ter a primazia em tudo, ou seja, a primeira cadeira, graus de liderança etc.
Avarentos (II Pe 2.14-16; Jd 1.11; I Tm 6.5) Esses falsos obreiros são amantes do dinheiro, eles, tratam a religião como fonte de dinheiro, por isso, tratam a obra de Deus como uma empresa, uma fonte de lucro!
Com receio de perder seus adeptos pregam uma teologia frouxa, fácil, onde a renúncia é esquecida!
Esses falsos obreiros passam por cima de todos para obter lucro, até mesmo por cima das autoridades constituídas, não são poucos os que sonegam impostos demonstrando assim sua falta de obediência à Palavra!
Negam a Jesus com suas falsas doutrinas (II Jo 7; Jd 1.4) Intencionalmente ou não, esses falsos obreiros negam a Jesus com suas falácias doutrinárias.
Qualquer mensagem que nega um atributo de Deus, (onipotência, onisciência, onipresença, santidade, imortalidade etc) está, consequentemente, negando a Deus. Estejamos vigilantes!
Estão sempre em busca de modismos (II Jo 9) Estes hipócritas não perseveram na Doutrina de Cristo, mas estão sempre buscando inovações para ludibriar os mais incautos. Cuidado, quem quiser acrescentar alguma revelação nova à Bíblia que seja maldito!
São egoístas (Jd 1.12; II Tm 3.1) Esses obreiros são egoístas, e por isso pouco se importam com a situação dos mais pobres, dos necessitados. Preocupados consigo mesmos eles não amam os irmãos e por isso não são de Deus.
“Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”. (I Jo 4.8)
Bajuladores interesseiros (Jd 1.16) São bajuladores daqueles em que têm algum interesse! Fazem acepção de pessoas chamando algumas pessoas de especiais, pessoas essas que lhe podem oferecer alguma coisa. Não nos esqueçamos: Deus não tem prediletos, Jesus veio pregar que somos iguais e por isso somos irmãos e filhos de um só Pai!
Ensinam doutrinas estranhas (I Tm 6.3) Não conseguem se deter à Verdade Bíblica e por isso, com suas palavras, inventam novas doutrinas que não se acham respaldadas na Palavra.
Manipulam a Palavra e distorcem o texto Bíblico com a desculpa de que “Deus revelou”, tiram versículos de seus contextos dizendo o que a Bíblia não disse, portanto, são filhos do Diabo, que é mentiroso e pai da mentira.
Querem manipular as pessoas com falsas revelações (Cl 2.8; Jd 1.8 NTLH) Como Judas salientou, esses falsos obreiros são sonhadores alucinados e através dessas falsas visões querem fazer de presa o povo de Deus. Tomemos cuidado: toda revelação, profecia ou visão devem ser cuidadosamente julgados de acordo com a Palavra!

I João 4:1 NTLH
Meus queridos amigos, não acreditem em todos os que dizem que têm o Espírito de Deus. Ponham à prova essas pessoas para saber se o espírito que elas têm vem mesmo de Deus; pois muitos falsos profetas já se espalharam por toda parte.