terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

"pregadores" e Pregadores

Essa foto faz-me lembrar dos grandes pregadores do passado, bem como da exorbitante diferença entre eles e os pregadores itinerantes atuais (não quero generalizar).
Eles não precisavam de um fundo musical para suas mensagens com o fim de emocionar as pessoas, pois o poder da Palavra compungia o coração dos pecadores. (At 2.37)
Eles não usavam microfone, mas suas mensagens eram tão poderosas que, por exemplo, certa feita Spurgeon se dirigiu a uma audiência de 23.654 pessoas e todas conseguiam ouvi-lo tamanha era a Graça contida em suas palavras.
Eles não precisavam ficar falando em outras línguas durante a metade do sermão para demonstrar que eram espirituais, mas assim como Paulo, eles preferiam falar cinco palavras do conhecimento dos ouvintes do que mil em outras línguas (I Co 14.19).
Eles não precisavam pular ou gritar, não, a Palavra não pode ficar mais poderosa com o grito ou o pulo de alguém, mas, Moody, por exemplo, sem precisar pular ou fazer trejeitos ganhou cerca de um milhão de almas para Cristo.
Eles não queriam exaltar ou projetar seus ministérios, mas sim a Cristo, amavam seus chamados, mas tinham Cristo acima de seus chamados.
O teor de suas mensagens não era fundamentado em doutrinas heréticas como a “Teologia da Prosperidade”, não, suas mensagens falavam de arrependimento e cruz. (At 2; At 16.31)
Não precisavam lançar mão de recursos espúrios como fechar a Bíblia e começar a “profetizar”, fazer revelações óbvias, nada disso, eles lançavam mão da maior arma que o pregador tem: a Espada do Espírito, a Santa Escritura. Nesse sentido vemos Jonathan Edwards, que pregou um dos maiores sermões da história (pecadores perdidos nas mãos de um Deus irado) somente lendo-o diante de uma multidão que, através desse sermão, fora levada a um arrependimento impressionante.
Eu temo e choro, por estarmos diante de uma geração de pregadores mercenários, que não precisam somente de uma Bíblia para pregar, eles exigem dinheiro, bons hotéis, grandes igrejas e reconhecimento público. Esses pregadores amam tanto pregar que deixam de amar a Deus.
Observo perplexo o conceito de alguns sobre o que é pregar a Palavra de Deus. Para esses pregar a Palavra é apenas subir em um púlpito e manusear um microfone. Que conceito medíocre sobre o que é pregar a Santa Palavra! O verdadeiro mensageiro de Deus prega a Palavra mesmo sem ter um púlpito para subir, sim, nas ruas, no trabalho, na faculdade, em casa e também com sua vida, é assim que um genuíno pregador prega. (II Tm 4.2)
Oh Senhor, eu oro, para que o nosso amor ao Senhor esteja acima do nosso amor pela pregação, acima da nossa família, acima de nossos relacionamentos pessoais, acima de tudo e de todos, e que Deus nos faça, por Cristo Jesus, verdadeiros portadores das Sagradas Letras, a fim de cumprirmos nosso chamado, por Amor ao Mestre.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Falsos Obreiros?

A Bíblia revela que haveriam falsos obreiros (apóstolos, profetas, pastores, mestres) introduzidos na Igreja. Mais da metade de todo o Novo Testamento foi escrito com o objetivo de combatê-los. Faz-se necessário, portanto, examinar cuidadosamente o que a Bíblia revela sobre esses “obreiros”.
Nesse espaço, observaremos algumas dessas tantas características reveladas nas Sagradas Letras, a saber:
São hipócritas (II Pe 2.1; Jd 1.4; I Tm 3.5) Esses falsos obreiros, como o nome já diz são falsos, têm aparência de santidade, mas pela sua vida e por suas doutrinas falsas negam-na. Parecem pessoas santas, ungidas, donas de uma “unção especial”, mas pelos seus frutos e doutrinas negam a supremacia da Palavra de Deus!
A Igreja é difamada por causa deles (II Pe 2.2) Por causa desses falsos obreiros a Igreja é blasfemada, devido a suas atitudes ímpias muitas pessoas se escandalizam e evitam se unir à Igreja.
São Insubmissos (II Pe 2.10; III Jo 9; Jd 1.8) Eles não se submetem às autoridades da Igreja, por isso causam divisões e acabam por arrastar o rebanho de Deus para suas reuniões.
Assim como Diótrefes, falso obreiro que se achava dono da Igreja e não queria dar atenção às cartas de João (III Jo 9), esses falsos obreiros se acham no direito de tomar posse de tudo que há na Igreja: congregações, departamentos, membros, etc. Cuidado com eles!
São Imorais (II Pe 2.10,13,14) Esses falsos obreiros são imorais, adúlteros. A infidelidade conjugal faz parte de suas vidas promíscuas e, mesmo com suas vidas nesse estado, não têm vergonha de se autodenominarem “ungidos”, “profetas”, “pastores” etc.
II Pe 2.14 NTLH “Não podem ver uma mulher sem a desejarem, e o seu apetite pelo pecado nunca fica satisfeito. Enganam as pessoas fracas e só pensam em ganhar dinheiro. Eles estão debaixo da maldição de Deus.”.
Arrogantes (II Pe 2.10; II Tm 3.2) São arrogantes, só querem fazer a própria vontade e passam por cima de todos para isso. Embora não se importem com ninguém a não ser consigo mesmos, eles querem ter a primazia em tudo, ou seja, a primeira cadeira, graus de liderança etc.
Avarentos (II Pe 2.14-16; Jd 1.11; I Tm 6.5) Esses falsos obreiros são amantes do dinheiro, eles, tratam a religião como fonte de dinheiro, por isso, tratam a obra de Deus como uma empresa, uma fonte de lucro!
Com receio de perder seus adeptos pregam uma teologia frouxa, fácil, onde a renúncia é esquecida!
Esses falsos obreiros passam por cima de todos para obter lucro, até mesmo por cima das autoridades constituídas, não são poucos os que sonegam impostos demonstrando assim sua falta de obediência à Palavra!
Negam a Jesus com suas falsas doutrinas (II Jo 7; Jd 1.4) Intencionalmente ou não, esses falsos obreiros negam a Jesus com suas falácias doutrinárias.
Qualquer mensagem que nega um atributo de Deus, (onipotência, onisciência, onipresença, santidade, imortalidade etc) está, consequentemente, negando a Deus. Estejamos vigilantes!
Estão sempre em busca de modismos (II Jo 9) Estes hipócritas não perseveram na Doutrina de Cristo, mas estão sempre buscando inovações para ludibriar os mais incautos. Cuidado, quem quiser acrescentar alguma revelação nova à Bíblia que seja maldito!
São egoístas (Jd 1.12; II Tm 3.1) Esses obreiros são egoístas, e por isso pouco se importam com a situação dos mais pobres, dos necessitados. Preocupados consigo mesmos eles não amam os irmãos e por isso não são de Deus.
“Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”. (I Jo 4.8)
Bajuladores interesseiros (Jd 1.16) São bajuladores daqueles em que têm algum interesse! Fazem acepção de pessoas chamando algumas pessoas de especiais, pessoas essas que lhe podem oferecer alguma coisa. Não nos esqueçamos: Deus não tem prediletos, Jesus veio pregar que somos iguais e por isso somos irmãos e filhos de um só Pai!
Ensinam doutrinas estranhas (I Tm 6.3) Não conseguem se deter à Verdade Bíblica e por isso, com suas palavras, inventam novas doutrinas que não se acham respaldadas na Palavra.
Manipulam a Palavra e distorcem o texto Bíblico com a desculpa de que “Deus revelou”, tiram versículos de seus contextos dizendo o que a Bíblia não disse, portanto, são filhos do Diabo, que é mentiroso e pai da mentira.
Querem manipular as pessoas com falsas revelações (Cl 2.8; Jd 1.8 NTLH) Como Judas salientou, esses falsos obreiros são sonhadores alucinados e através dessas falsas visões querem fazer de presa o povo de Deus. Tomemos cuidado: toda revelação, profecia ou visão devem ser cuidadosamente julgados de acordo com a Palavra!

I João 4:1 NTLH
Meus queridos amigos, não acreditem em todos os que dizem que têm o Espírito de Deus. Ponham à prova essas pessoas para saber se o espírito que elas têm vem mesmo de Deus; pois muitos falsos profetas já se espalharam por toda parte.