Aproveitando o tema mais debatido no Brasil nos últimos dias (pasmem, mais do que futebol) quero aqui trazer algumas verdades bíblicas sobre a
relação do cristão com o estado:
1 – Deus é quem institui os governantes,
nada acontece fora de seu controle. (Romanos 13.1-7)
Por vezes na bíblia e na história Deus levantou governantes ímpios ou
justos para cumprir seus propósitos de juízo ou de misericórdia em determinadas
nações.(Isaías 45.1)
2 – A igreja de Cristo nunca precisou,
não precisa e nunca precisará de representantes políticos.
A Igreja, enquanto instituição espiritual e tendo como cabeça a Cristo
Jesus não deve favorecer a nenhum partido político ou candidato. Além de antibíblica, a
história prova que essa associação é catastrófica e tem causado escândalos no
meio do povo de Deus devido à instabilidade de opinião de candidatos que,
depois de terem subido ao poder, promoveram leis que vão contra os ensinamentos de Cristo.
A bíblia e a história revelam que a misericórdia e o juízo de Deus nem
sempre repousaram ao mesmo tempo sobre o seu povo e sobre o estado, ou seja,
independente de perseguições ou dificuldades, de leis a favor ou contra, a Igreja
segue sempre seu caminho em triunfo.
Não podemos confundir as coisas. Estado e Igreja foram instituídos por
Deus, todavia cada um na sua função.
3 – A igreja tem o dever de orar pelas
autoridades constituídas. (I Tm 2.1,2)
4 – Segundo a bíblia, os cristãos
enquanto cidadãos devem se submeter às autoridades constituídas. (Romanos
13.1-7)
Em relação a essa obediência que os cristãos devem ao estado quero destacar:
Em relação a essa obediência que os cristãos devem ao estado quero destacar:
A – O modelo de estado dos tempos bíblicos proibia e punia com a morte
qualquer levante popular em busca de direitos. Sendo ameaçados de morte até por
pregar o Evangelho, é natural que os apóstolos voltassem suas preocupações para
temas mais internos. No caso atual do Brasil tanto os cidadãos como as
autoridades são submetidos (ou deveriam) a uma constituição que nos assegura
direitos e deveres. Dentro desses direitos é nos dada a plena liberdade de
protestar pacificamente em favor daquilo que é justo.
B – Enquanto cidadão e inserido num sistema democrático a igreja não
pode vetar o cristão de votar e ser votado.
Saiba mais http://www.e-cristianismo.com.br/pt/documentos/171-confissao-de-fe-de-westminster?start=22
C – O cristão que ascende ao poder deve representar o povo, por isso
deve ele promover leis que beneficiem todas as pessoas, independente de crença
ou raça. Infelizmente essa não tem sido a realidade no Brasil, pois muitos
políticos ditos cristãos que sobem ao poder são despreparados intelectual,
cultural e até moralmente (corruptos). Esses têm procurado tão somente
beneficiar seus bolsos bem como suas próprias denominações. (lembre-se estamos numa democracia)
D – Cabe salientar que a obediência do cristão ao Estado não é absoluta.
Esta se restringe à Palavra de Deus. Qualquer ordenança ou lei que impor ao cristão
uma quebra de qualquer ordenança de Cristo deve ser rejeitada, ainda isso custe
a própria vida do crente! (Daniel Cap. 3; At 5.29)
Diante do exposto afirmo que é lícito ao cristão (como cidadão) protestar
(pacificamente, ordeiramente e decentemente).
É lícito não concordar com a corrupção,
impunidade, violência urbana, impostos abusivos, baixos salários da população
em geral, altos salários dos políticos, educação publica vergonhosa, saúde
precária, mídia manipuladora, falta de saneamento básico, gastos abusivos na
copa, políticos condenados ainda soltos etc.
Todavia, como diz o texto de I Tm 2.1,2, antes de tudo devemos orar pelo
governo tendo como principal objetivo a salvação daqueles a quem Deus escolheu em
Cristo Jesus antes da fundação do mundo.
Fraternalmente, Irmão Maciel
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